Residências Sociais

À semelhança das residências artísticas que temos acolhido ao longo dos anos, assentes na premissa de acolher no espaço um projecto artístico e acompanhar o seu desenvolvimento, este eixo assenta no acolhimento de pessoas em situação de refúgio numa residência anual. Serão elegíveis preferencialmente pessoas refugiadas que, findo o período de alojamento temporário previsto no Programa Municipal de Acolhimento de Refugiados na Cidade de Lisboa (PMAR-Lx) ainda não reúnam condições de autonomização que garantam o acesso à habitação, ou que estejam até excluídas acesso a este programa, como é o caso dos requerentes de asilo. Para estas pessoas que integram o programa de Residências culturais de Inclusão Social, o projecto de residência será o seu projecto pessoal para a autonomização.

Este projecto individual anual poderá ou não envolver um objeto artístico final, podendo estar as suas actividades em residência relacionadas por exemplo com a aprendizagem da língua, desenvolvimento de outras competências para a integração no mercado de trabalho, ou qualquer outra necessidade que se identifique necessária de acompanhamento para a sua autonomização, beneficiando sempre do ecossistema dos diferentes projectos artísticos em residência. Acompanhados pelos mediadores do projecto Residências Refúgio e a equipa de parceiros do território pretendemos que esta seja para além de uma resposta habitacional de transição.

Este processo de apoio, integrado com o processo de residência artística, decorrerá num ecossistema sócio-cultural que funciona como espaço seguro e de convivência com artistas em residência e comunidade local, promotor da capacitação e autonomização pessoal e da inclusão social. Desta forma pretende-se quebrar o isolamento social dos programas de acolhimento direccionados apenas para pessoas em situação de refúgio e confrontar o público alvo com várias e diferentes oportunidades de relações pessoais e profissionais.

© Largo Residências